A Prefeitura de Goiânia, em parceria com a Polícia Militar de Goiás (PMGO) e o Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), vai realizar em média duas demolições por semana em imóveis abandonados ou ocupados irregularmente. A medida tem como objetivo combater focos de criminalidade, tráfico de drogas e exploração sexual. A Secretaria Municipal de Eficiência (Sefic) coordena as ações, com apoio de outras pastas, como a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra).
Segundo o secretário da Sefic, Fernando Peternela, as operações são definidas a partir de levantamentos das forças de segurança, que identificam os locais com maior incidência de crimes e denúncias. “Vamos atuar no bairro Campinas, na região do Dergo, onde há muitas casas abandonadas, pontos de prostituição, tráfico de drogas e registros de homicídios. Estamos unindo esforços para identificar e eliminar esses locais problemáticos”, afirmou, em entrevista ao Jornal Opção.
O diretor de Fiscalização da Sefic, João Peres, explicou que cada operação é cuidadosamente planejada, levando em conta laudos técnicos, notificações legais e, quando necessário, decisões judiciais. “As demolições são organizadas com antecedência. Costumamos realizar duas por semana, podendo chegar a três, dependendo do apoio de órgãos como a Seinfra, a Guarda Municipal e a Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET), que garantem segurança e legalidade às ações”, destacou.
Além das propriedades privadas, o município também atua em terrenos e construções públicas invadidas. “Na região do bairro Vera Cruz, por exemplo, já identificamos mais de 100 áreas públicas ocupadas irregularmente. É um processo delicado, pois mesmo em área pública a desocupação precisa ser humanizada, com oferta de alternativas de moradia ou aluguel social”, explicou Peternela.
As operações conjuntas também envolvem a fiscalização de imóveis, a interdição de estabelecimentos irregulares e o acompanhamento da PMGO para coibir o uso de drogas e a exploração sexual. Nesta semana, as ações se concentraram na remoção de barracas e na demolição de “mocós” na região do Dergo.
