Quando perguntado ao entrevistado:
QUAIS OS PRINCIPAIS PROBLEMA DA CIDADE
- 🗑️ Trindade Afogada no Lixo: Crise na Limpeza Urbana Exige Respostas. Prefeito Marden se mostra incapaz de sanar o impasse.
- Dr. Luiz Alberto conduz Gestão a Crise e Nerópolis Piora aponta Instituto Voga
- Goiânia cancela R$ 41 milhões em restos a pagar; medida atinge mais de R$ 24 milhões da Comurg e é considerada prática comum
| Categoria Principal | Qtd | % |
| Saúde (geral) | 240 | 19,7% |
| Outros | 141 | 11,6% |
| Infraestrutura urbana (asfalto, esgoto, escoamento, fiação, estrutura) | 95 | 7,8% |
| Limpeza urbana / varrição / desorganização visual | 90 | 7,4% |
| Trânsito e mobilidade urbana | 78 | 6,4% |
| Tráfico / drogas / usuários / moradores de rua | 72 | 5,9% |
| Lixo / coleta de lixo / descarte irregular | 66 | 5,4% |
| Gestão pública / administração / prefeito / fiscalização | 49 | 4,0% |
| Segurança / violência em geral | 43 | 3,5% |
| Educação (isolada ou junto à saúde) | 29 | 2,4% |
| Transporte público | 29 | 2,4% |
| Tudo (resposta genérica “tudo é problema”) | 23 | 1,9% |
| Falta de médicos / atendimento precário | 16 | 1,3% |
| Ambulantes / região da 44 / desorganização comercial | 15 | 1,2% |
| Economia / impostos / desemprego | 14 | 1,1% |
| Ambiental / hidrantes / meio ambiente | 7 | 0,6% |
| Não sabe / não opinou | 181 | 14,8% |
Análise: (por Eube Messias)
- Contexto geral (QUAIS OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DA CIDADE)
O objetivo é identificar mudanças na percepção dos problemas urbanos durante os primeiros 10 meses da gestão Sandro Mabel (União Brasil).
Em 2024, o cenário era marcado por forte insatisfação generalizada e desorganização administrativa. A capital apresentava crise nos serviços básicos, acúmulo de lixo, colapso na rede de saúde, e queda nos índices de confiança na prefeitura.
A pesquisa de 2025 demonstra melhorias perceptíveis em várias áreas, embora alguns problemas estruturais ainda permaneçam entre as principais preocupações da população.
- Saúde: melhora de estrutura, mas ainda o principal desafio
A saúde continua sendo o maior problema apontado pelos goianienses (21%).
A falta de médicos ainda é citada (1,3%), porém a percepção de melhoria nos atendimentos e ampliação de postos já começa a aparecer nas respostas espontâneas.

A área, que foi o símbolo do colapso administrativo em 2024, hoje é vista como em recuperação, mas ainda insuficiente.
- Limpeza urbana e coleta de lixo: forte recuperação
Em 2024, reflexo direto da crise de coleta e do acúmulo de entulhos em várias regiões da cidade.

Em 2025, o tema atinge 12,8%, representando melhora na percepção negativa.

A população ainda nota falhas pontuais, mas reconhece avanços na frequência da coleta e na varrição, especialmente em bairros centrais e avenidas estruturais.
- Mobilidade e trânsito: redução nas queixas
Os problemas de trânsito e mobilidade, aparecem com 8,8% em 2025.
A criação de novos corredores de fluxo inteligente (“Onda Verde”) e o início de recapeamentos e sincronização de semáforos contribuíram para esses números.

Ainda assim, a mobilidade segue um gargalo crônico, impactada pelo crescimento da frota e obras simultâneas.
- Educação: percepção de estabilidade e ampliação
A educação, aparece com 2,4%.
Relatos de reformas em CMEIs e retomada de contratos com professores contribuíram para reduzir o peso do tema entre as reclamações prioritárias.

A área ainda enfrenta desafios em qualidade e estrutura, mas já há reconhecimento de reorganização administrativa.
- Segurança e vulnerabilidade social: desafio persistente
As citações relacionadas a violência, tráfico e moradores de rua (9,4%).
Apesar de melhorias na iluminação pública e na presença da Guarda Municipal, a região central (especialmente a 44) continua sendo vista como área de desordem social e insegurança.

O problema, portanto, é mais social e estrutural do que operacional.
- Infraestrutura
Com 7,8% das menções, a infraestrutura urbana.
Os maiores problemas relatados continuam sendo buracos, drenagem e esgoto, mas há percepção de retomada de obras e planejamento.

Em 2025, parte da população já identifica ações corretivas visíveis, sobretudo em bairros estratégicos.
- Gestão pública e fiscalização.
O índice de críticas à administração municipal está em 4% em 2025.
Isso mostra que a gestão Sandro Mabel conseguiu reverter parte da imagem negativa herdada da administração Rogério Cruz, marcada por paralisia, falta de comando e denúncias internas.

A nova equipe é vista como mais presente e técnica, embora a cobrança por resultados ainda seja alta.
- Economia e comércio informal
O tema economia/ambulantes/região da 44 (2,4%), reflete a melhoria na organização do comércio popular e reordenamento da região central, especialmente com o controle de ambulantes e ações de revitalização.
- Apatia política e indecisos: queda tímida
O grupo “não sabe / não opinou”, aparece com 14,8%.
Essa redução indica maior interesse cívico e reaproximação com o poder público, especialmente após o início de obras e programas de visibilidade popular.
Ainda assim, o percentual continua alto, o que reflete descrença e distanciamento político acumulados em gestões anteriores.
Conclusão Comparativa
O levantamento mostra que, após 10 meses de gestão Sandro Mabel, Goiânia saiu de um cenário de colapso administrativo (2024) para um quadro de reconstrução gradativa (2025).
Houve melhorias perceptíveis em saúde, limpeza urbana, educação e mobilidade, embora os problemas estruturais e sociais ainda pesem na avaliação da população.
A percepção geral é de que a cidade voltou a funcionar.
A gestão atual ainda enfrenta expectativas elevadas e desafios de consolidação, mas conseguiu reverter a curva de desgaste herdada da administração Rogério Cruz.
Relatório de Opinião Pública – Principais Problemas da Cidade
LOCAL: Goiânia – GO
PERÍODO: 01 a 04 de Novembro de 2025
UNIVERSO: Moradores de 16 anos ou mais
AMOSTRA: 1.219 entrevistas, estratificadas por sexo, idade, escolaridade e renda
COLETA: Entrevistas residenciais presenciais com questionário estruturado
CONTROLE: Revisão e checagem de 15% dos questionários
CONFIABILIDADE: 95%
MARGEM DE ERRO: ±2,8 pontos percentuais
INSTITUTO RESPONSÁVEL: Instituto Gazeta de Pesquisas – IGAPE
ENCOMENDANTE: TV ATUAL / RECORD NEWS


