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Justiça Eleitoral cassa vereadores e suplentes em Acreúna após denúncia de compra de votos

A sentença é vista como um marco contra práticas de compra de votos no município

A política de Acreúna, em Goiás, passa por uma reviravolta após decisão inédita da 128ª Zona Eleitoral no processo nº 0600568-78.2025.6.09.0040. A Justiça determinou a cassação dos mandatos de três vereadores eleitos em 2024, a negação de diplomação de três suplentes e declarou 18 pessoas inelegíveis por oito anos.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), movida pelo Ministério Público, apontou um esquema de compra de votos que envolvia a distribuição de cestas básicas no Supermercado Campeão, além de caixa dois e abuso de poder econômico. Segundo as investigações, foram entregues mais de 127 cestas e havia previsão de distribuição de outras 100.

Vereadores cassados:

  • Júlio César Naves de Melo Filho

  • Edilson Faria da Silva

  • Diego Smith Rodrigues da Silva Arantes

Suplentes barrados:

  • Ronita de Souza Nunes Pires

  • Lorrayne Ferreira de Jesus

  • Aleir Ferreira do Carmo

Além da perda de mandato e da inelegibilidade até 2032, os envolvidos receberam multas de R$ 53,2 mil (principais beneficiários) e R$ 33,2 mil (suplentes).

A decisão ainda determina a retotalização dos votos, o que pode levar à convocação de novas eleições, conforme o artigo 224 do Código Eleitoral.

No aspecto jurídico, a sentença é vista como um marco contra práticas de compra de votos no município. Já no cenário político, Acreúna enfrenta um período de incerteza com a saída de lideranças tradicionais e a possibilidade de renovação na Câmara Municipal.

Por ter sido proferida em primeira instância, a decisão pode ser objeto de recurso ao Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) e a cortes superiores.

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