A Prefeitura de Goiânia lançou uma operação emergencial para remover fios soltos e cabos obsoletos dos postes da capital. A ação faz parte do programa “Cidade Segura” e foi anunciada pelo prefeito Sandro Mabel durante reunião com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), Equatorial Energia, Anatel e representantes das operadoras de internet.
O objetivo é reorganizar a infraestrutura aérea da cidade, garantindo mais segurança, limpeza e ordem nos espaços públicos.
A operação começa em novembro e vai priorizar os setores com maior concentração de cabos soltos. Segundo o prefeito, cerca de 75 mil linhas antigas ainda estão penduradas — muitas deixadas por empresas extintas, como a Telegoiás.
“Esse monte de cabo caindo não vai existir mais”, afirmou Sandro Mabel.
O prefeito alertou ainda para o risco de contratar provedores irregulares: “Não compre internet de empresa clandestina. Você vai ficar sem conexão”.
Reação dos provedores
O presidente da APRESS-GO, Romenig Junior, manifestou preocupação com a condução das ações e a falta de diálogo técnico. Segundo ele, o setor “está levando a culpa por uma história de 30 anos de fios nos postes”.
De acordo com estudo da SM Engenharia, existem mais de 690 mil linhas telefônicas desativadas em Goiás. A associação propôs um plano de ação conjunto com a Prefeitura e a Anatel, com foco na identificação de redes clandestinas e na retirada organizada dos cabos antigos.
Anatel e Equatorial apoiam a operação
O gerente regional da Anatel, Paulo Aurélio, informou que existem 14 mil toneladas de fios sem função no estado e que apenas as próprias operadoras podem removê-los. A agência propôs a criação de um fórum municipal de acompanhamento do projeto.
A Equatorial Goiás destacou que já emitiu mais de 311 mil notificações e seguirá com fiscalização e suporte técnico. “Nosso papel é notificar e orientar. A retirada depende das empresas”, explicou o gerente André Abrão.
Mobilização conjunta
A promotora Alice Freire, do MP-GO, ressaltou a urgência da ação. “Com a chegada das chuvas e o aumento do movimento nas ruas, precisamos agir rapidamente”, afirmou.
Com o envolvimento da Prefeitura, MP-GO, Anatel, Equatorial e provedores, a meta é tornar Goiânia referência nacional na gestão da infraestrutura aérea urbana.