O ministro do STF Alexandre de Moraes está proferindo neste momento o voto dele no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus, acusados de liderar uma organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado após as eleições de 2022.
Após a abertura da sessão pelo presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, foi passada a palavra ao ministro relator, Alexandre de Moraes.
O ministro começou com a análise das questões preliminares apresentadas pelas defesas. Entre elas, ele afastou o pedido de invalidação da delação premiada de Mauro Cid.
Sobre isso, Moraes disse que beira a litigância de má fé dizer que o colaborador fez depoimentos contraditórios.
“Ou beira total desconhecimento dos autos, ou beira litigância de má-fé. É porque basta a leitura da colaboração premiada para verificar que, por uma estratégia de investigação, a Polícia Federal resolveu, ao invés de um grande depoimento, fracioná-lo em oito depoimentos, porque eram oito fatos diversos”.
O ministro afastou todas as questões preliminares levantadas pelas defesas, e entrou, então, no voto sobre o mérito da ação.
Ele já deixou claro: este julgamento não trata de saber se houve ou não tentativa de golpe de Estado, de tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, mas de autoria, de quem fez.