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STF abre inquérito contra Bolsonaro, filhos e aliados com base em relatório da CPI da Covid

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou nesta quinta-feira (18) a abertura de inquérito contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seus três filhos — Flávio, Eduardo e Carlos — e outros 20 aliados, a partir das conclusões da CPI da Covid-19.

Segundo Dino, o relatório final da comissão apresenta indícios de crimes e reúne os requisitos legais para a instauração da investigação.

A CPI funcionou por quase seis meses, realizou 67 reuniões, analisou mais de 500 requerimentos e aprovou 190 quebras de sigilo. O relatório, entregue em 2021, tem 1.180 páginas, recomenda o indiciamento de 66 pessoas e duas empresas e aponta 20 tipos penais de possíveis crimes. Bolsonaro é citado 80 vezes no texto, ao qual são atribuídos dez delitos.

Em 2024, a Polícia Federal solicitou a transformação das conclusões da CPI em inquérito policial. Esse pedido recebeu aval de Dino nesta quinta. A partir de agora, a PF terá 60 dias, prorrogáveis, para aprofundar as investigações.

Entre os alvos do inquérito estão:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República

  • Flávio Bolsonaro, senador

  • Eduardo Bolsonaro, deputado federal

  • Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro

  • Ricardo Barros, deputado federal

  • Osmar Terra, deputado federal

  • Bia Kicis, deputada federal

  • Carla Zambelli, deputada federal

  • Carlos Jordy, deputado federal

  • Onyx Lorenzoni, ex-ministro

  • Allan dos Santos, youtuber

  • Helcio Bruno de Almeida, tenente-coronel

  • Oswaldo Eustáquio, blogueiro

  • Hélio Angotti Neto, ex-secretário do Ministério da Saúde

  • Bernardo Pires Kuster, youtuber

  • Paulo de Oliveira Eneas, ex-deputado estadual

  • Richards Dyer Pozzer, blogueiro

  • Leandro Panazzolo Ruschel, blogueiro

  • Carlos Wizard Martins, empresário

  • Luciano Hang, empresário

  • Otavio Oscar Fakhoury, empresário

  • Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro

  • Tercio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro

  • Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores