O projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 ganhou força na Câmara dos Deputados, abrindo caminho para uma batalha política no Senado.
A articulação em torno do texto avançou nas últimas semanas, especialmente após o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Segundo apuração da analista de política Jussara Soares e do diretor de jornalismo da CNN em Brasília, Daniel Rittner, no programa CNN Prime Time, o tema passou a ocupar o centro do debate político em Brasília.
Durante agenda em Belo Horizonte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou preocupação com a proposta, assunto que dominou discussões em sua viagem entre Brasília e Minas Gerais. A avaliação do governo é de que há chances expressivas de aprovação do texto na Câmara.
Diante disso, a estratégia do Planalto será investir em articulação direta com os senadores para tentar barrar o avanço do projeto, mesmo diante da manifestação contrária do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP).
Na Câmara, cálculos preliminares apontam que o União Brasil pode garantir cerca de 50 votos favoráveis à proposta. A oposição, por sua vez, intensifica conversas de bastidores para ampliar o apoio ao projeto, ainda sem a definição exata do texto final.
A discussão sobre a anistia tem se consolidado como o principal tema da política nacional nesta semana, sobrepondo-se a outros acontecimentos relevantes no cenário político.
