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Por unanimidade, 1ª Turma do STF mantém prisão preventiva de Bolsonaro

Por unanimidade, STF mantém prisão preventiva de Bolsonaro

Por unanimidade, os quatro ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) – Flávio Dino, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin decidiram manter a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Todos acompanharam o voto do relator, o ministro Alexandre de Moraes. O presidente da Turma, ministro Flávio Dino, entendeu que Bolsonaro cumpriu todos os requisitos legais para a decretação da prisão preventiva.

Prisão preventiva

Há materialidade de crimes e indícios suficientes de autoria, estavam presentes riscos concretos à ordem pública e à aplicação da lei e houve o descumprimento da medida cautelar imposta por Alexandre de Moraes, quando da prisão domiciliar.

Alexandre de Moraes, no voto pela manutenção da prisão, lembrou também o risco à ordem pública com a vigília convocada pelo filho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro, na porta do condomínio onde o pai mora. “Altíssimo risco para a efetividade da prisão domiciliar e risco à ordem pública e à efetividade da lei penal”, é o que diz a decisão.

Regime fechado

Com isso, Bolsonaro continuará preso preventivamente na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, até que corra todo o prazo para os últimos recursos na ação em que já está condenado a 27 anos de prisão por liderar a trama golpista.

A expectativa é de que, nos próximos dias, Bolsonaro comece a cumprir a pena em regime fechado. É o que explica a advogada constitucionalista Damares Medina. Ela fala que, com a tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica, uma eventual volta à prisão domiciliar se torna uma possibilidade mais distante.

“Até então, o ex-presidente Jair Bolsonaro vinha cumprindo prisão domiciliar por uma medida cautelar. Agora, com essa tentativa de dano à tornozeleira eletrônica fica muito difícil, uma vez que, transitado em julgado e iniciado o cumprimento efetivo da pena — porque, até então, nós estávamos em prisões preventivas. Todo esse tempo em que o ex-presidente está preso vai ser computado lá na frente. Diante desse quadro, é muito provável que, uma vez transitado em julgado, o início do cumprimento da pena se dê, necessariamente, em estabelecimento prisional“.

Para violar a tornozeleira eletrônica, Jair Bolsonaro alegou uma “paranoia” provocada pelos medicamentos que toma: pregabalina e sertralina. Para isso, usou uma solda. O equipamento foi encaminhado à perícia. O laudo deve ser divulgado ainda nesta segunda-feira.


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