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Exportações brasileiras crescem, mas tarifa dos EUA preocupa setores

O Brasil registrou aumento nas exportações em agosto, mesmo após os Estados Unidos aplicarem tarifa de 50% sobre produtos nacionais. O resultado foi puxado por soja, milho, carne e minério de ferro, mas setores dependentes do mercado americano já sentem os efeitos.

O mel foi um dos mais impactados: antes, 80% da produção ia para os EUA. Já a indústria de máquinas e equipamentos caiu 10% nas exportações e a calçadista, 17%. A indústria madeireira perdeu cerca de 4 mil postos de trabalho.

Por outro lado, a China e países da América Latina ampliaram as compras, principalmente de grãos e carnes. O setor de carnes, por exemplo, reduziu em quase metade os embarques para os EUA, mas aumentou a receita global em 56%, chegando a US$ 1,5 bilhão.

Para conter impactos, o governo lançou o programa Brasil Soberano, com crédito subsidiado e redução de impostos. Lula e Trump conversaram em Nova York e não descartaram um encontro bilateral. Enquanto isso, empresários cobram avanços diplomáticos e maior diversificação de mercados.