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Empresários de MG são condenados por esquema de sonegação milionário

Empresários de MG são condenados por esquema de sonegação milionário

Seis empresários mineiros acusados de comandar um esquema de fraudes tributárias e sonegação fiscal foram condenados apenas de 14 a 27 anos de prisão pela Justiça Federal em Belo Horizonte.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os condenados, ligados a uma empresa de consultoria, teriam desviado R$ 348 milhões em restituições indevidas e teriam tentado gerar R$ 3,7 bilhões em créditos falsos no sistema da Receita Federal.

As investigações começaram em 2021, quando a Receita Federal identificou uma série de inconsistências no sistema eletrônico de pedidos de restituição e escrituração fiscal digital. Em fevereiro de 2023, uma operação conjunta da Polícia Federal e da Receita Federal cumpriu dez mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Lagoa Santa e Jaboticatubas, na região metropolitana.

Conforme as investigações, os acusados entraram em contato com empresários e comerciantes, principalmente donos de postos de combustíveis de várias cidades de Minas, e ofereciam serviços de consultoria para receber restituições pelo recolhimento indevido de impostos com PIS e Cofins. Os golpistas alegavam que possuíam uma fórmula secreta para conseguir a restituição rapidamente, e pediam 30 % de comissão sobre o valor restituído.

Ainda conforme as investigações, a quadrilha utilizava um programa de computador criado especificamente para inserir dados de forma incorreta e fraudulenta no sistema da Receita Federal, trocando códigos e impedindo que o sistema identificasse a fraude em um primeiro momento, autorizando a geração do crédito e o pagamento da restituição.

Foram identificados 196 casos em que houve o pagamento indevido. Após a descoberta das fraudes, os comerciantes foram processados e tiveram que devolver os valores à Receita acrescidos de multas e juros, sendo que eles já haviam pago os 30% de honorários aos supostos consultores. Muitos acumularam grandes dívidas, tendo que vender bens pessoais para cobrir os prejuízos.

Os seis condenados também terão que pagar R$ 198 milhões de reparação aos danos à União e tiveram valores em dinheiro, bens móveis e imóveis e outros recursos apreendidos e bloqueados para garantir os ressarcimentos. Cabe recurso da decisão.


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