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Celina lidera para Governo no DF Aponta Igape

A Força da Maquina na Frente no DF

 

Leitura rápida do cenário

Celina Leão abre vantagem de 14,4 p.p. sobre o segundo colocado.

Bloco intermediário dividido (Arruda, Grass, Fred) impede a formação de um polo único de oposição.

Espaço para consolidação: com um quarto do eleitorado ainda sem definição, movimentos de campanha e alianças podem deslocar 1º e 2º lugares.

O fator Ibaneis: força de máquina e transferência de voto

O governador Ibaneis Rocha mantém capilaridade administrativa, rede de entregas e liderança política no DF. Isso se converte em três efeitos imediatos:

Estrutura Solida (agenda de obras, programas e presença nas regiões), gerando conteúdo para TV, vitrines e endosso — benefícios que tendem a escorrer para a candidata alinhada ao governo.

Narrativa de continuidade com resultados: se a avaliação do governo permanecer positiva, a transferência de voto favorece Celina Leão na largada.

Barreiras à oposição fragmentada: quanto mais pulverizado o campo oposicionista, mais o governismo tende a capturar o voto útil na reta final do 1º turno.

Análise candidato a candidato (prós e “tem que melhorar”)

Celina Leão (27,8%)

Prós

Liderança folgada e acima do dobro do 2º colocado.

Apoio do governo Ibaneis e associação com entregas recentes (agenda de obras/serviços).

Reconhecimento alto e base governista organizada.

Desafios

Defender gestão em temas sensíveis (mobilidade, saúde, segurança, creches), evitando desgaste de continuidade.

Arruda (13,4%)

Prós

Recall político elevado e eleitorado fiel, especialmente entre quem prioriza “experiência” e “obra feita”.

Perfil de gestor pode dialogar com voto pragmático.

Desafios

Rejeição histórica é obstáculo real para crescer no 2º turno.

Precisa ampliar imagem para jovens e novos eleitores e reposicionar narrativa para 2026.

Leandro Grass (11,2%)

Prós

Nome competitivo no campo progressista, com discurso de transparência e políticas sociais

Potencial de unificar a esquerda se virar referência principal do campo.

Desafios

Ampliar penetração em periferias e classe média além do nicho engajado.

Construir ponte com eleitor moderado que hoje migra para governismo.

Fred Linhares (9,9%)

 

Prós

Crescimento silencioso no pelotão intermediário; pode surfar voto de “renovação” e “gestão privada”.

Baixa rejeição relativa tende a facilitar alianças.

Desafios

Converter conhecimento em intenção: precisa aparecer mais e apresentar um plano claro de DF.

Evitar canibalizar votos com Arruda no campo não governista.

 

Ricardo Cappelli (5,3%)

 

Prós

Imagem de gestor técnico e atuação conhecida em crises/segurança institucional.

Perfil de eficiência pode atrair eleitor “anti-política tradicional”.

Desafios

Baixo conhecimento ainda; necessita estrutura e palanque.

Definir campo político para não ficar entre bases concorrentes.

Izalci Lucas (3,2%)

Prós

Know-how legislativo e trânsito em Brasília.

Pode agregar tempo de TV e alianças.

Desafios

Visibilidade reduzida no ciclo atual; precisa de fato novo e narrativa econômica/educacional forte.

Paula Belmonte (3,0%)

Prós

Bandeira de controle de gastos/primeira infância conversa com eleitor atento a gestão social.

Potencial digital para campanhas temáticas

DesafiosEscala e conhecimento ainda limitados; precisa concentrar temas-âncora para diferenciar e crescer

Onde estão os votos a conquistar

Indecisos (13,3%): tendem a decidir mais perto da eleição; agenda concreta e visita regional são determinantes.

Branco/nulo (12,9%): pode reduzir se houver polarização clara entre “continuidade com entregas” × “mudança com solução”.

Centro moderado: decisivo em 2º turno; propostas de segurança, transporte e saúde com metas mensuráveis fazem diferença.

Conclusão

A pesquisa IGAPE (Out/2025) mostra Celina Leão em posição privilegiada, sustentada principalmente pelo efeito Ibaneis e pela pulverização dos concorrentes. O jogo, porém, está aberto: com 26,2% ainda entre indecisos e branco/nulo e um centro moderado sensível a propostas objetivas, construção de alianças, agenda de entregas e comunicação clara serão os verdadeiros diferenciais para cravar vaga no 2º turno.

Instituto: IGAPE – Instituto Gazeta de Pesquisas (o instituto que mais acertou em 2024).

Coleta: 10 e 11 de outubro de 2025.

Amostra: 3.009 entrevistas presenciais no Distrito Federal.

Margem de erro: ±1,8 p.p. | Confiança: 95%.