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Câmara cobra R$ 13,9 mil de Eduardo Bolsonaro por faltas injustificadas e inicia trâmites para incluí-lo no Cadin

A Câmara dos Deputados abriu um processo de cobrança contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por ausências injustificadas em sessões plenárias. O valor, de R$ 13.941, corresponde a quatro faltas registradas em março, quando o parlamentar já estava nos Estados Unidos, antes de formalizar o pedido de afastamento do mandato.

Sem sucesso na cobrança inicial, a Casa iniciou os procedimentos para incluir Eduardo no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). Em seguida, o débito poderá ser inscrito também na Dívida Ativa da União (DAU).

De acordo com a Câmara, a primeira tentativa de desconto ocorreu ainda na folha salarial de março, mas não havia saldo suficiente. Em agosto, o gabinete do parlamentar foi notificado sobre a cobrança. O boleto, com vencimento em 12 de setembro, não foi pago.

Além da cobrança, Eduardo enfrenta um processo no Conselho de Ética da Câmara, instaurado nesta terça-feira (23), que pode resultar em cassação. O pedido foi apresentado pelo PT, que acusa o deputado de atuar em favor de sanções dos Estados Unidos para desestabilizar instituições brasileiras.

Eleito por São Paulo, Eduardo Bolsonaro mora nos EUA desde o início do ano e tenta exercer o mandato à distância. Até julho, estava em licença, o que suspendeu a contagem de faltas. Porém, desde agosto, ele reassumiu automaticamente e faltou a 25 das 40 sessões realizadas em 2025, o equivalente a 62% de ausência.