Na tarde desta sexta-feira (3), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), participa da venda dos ativos residuais da Companhia Energética de Goiás (Celg) na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo, a partir das 14h. A operação marca uma das últimas etapas da privatização da estatal goiana, iniciada em 2016, durante o governo de Marconi Perillo (PSDB), quando a empresa italiana Enel adquiriu o controle por cerca de R$ 1,5 bilhão.
Serão ofertados quatro lotes de ações da Companhia Celg Participações, vendidos ao maior lance, com valor total estimado em R$ 193,9 milhões.
Durante coletiva de imprensa, Caiado afirmou que 100% dos recursos arrecadados com a operação serão destinados ao GoiásPrev, fundo de aposentadoria dos servidores estaduais.
“Hoje nós estamos concluindo a privatização da Celg Geração. Todo o valor arrecadado será investido no fundo da previdência dos servidores do Estado de Goiás”, destacou o governador.
Lotes ofertados:
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Lote A: 100% das ações da Firminópolis Transmissão S.A. e Lago Azul Transmissão S.A. — R$ 62.191.000,00
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Lote B: 49% das ações da Pantanal Transmissão S.A. — R$ 31.175.000,00
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Lote C: 20% das ações da Energética Fazenda Velha S.A. — R$ 8.749.000,00
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Lote D: 37,5% das ações da Energética Corumbá III S.A. — R$ 91.840.000,00
Investigações do MP-GO
Durante o evento, Caiado também comentou as investigações do Ministério Público de Goiás (MP-GO) sobre o processo de privatização da Celg, realizado na gestão anterior.
“A Celg foi vendida por R$ 1,5 bilhão, e havia a obrigação de quitar as dívidas com a Caixa Econômica. Contudo, o contrato foi descumprido”, afirmou o governador.
Ele ainda mencionou a atuação da promotora Leila Maria de Oliveira, que havia conduzido apurações sobre o destino dos recursos da venda. O processo, que investigava se o dinheiro havia sido aplicado em infraestrutura, acabou arquivado.
“O interessante é que uma promotora disse que não enxergou nada de irregular nesse processo e mandou arquivar. E, no entanto, acha que no Fundeinfra há indícios de improbidade administrativa”, ironizou Caiado.