Milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram neste domingo (7), na Avenida Paulista, em São Paulo, em um ato que defendeu anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro e reforçou a candidatura do ex-mandatário à Presidência da República em 2026.
Com faixas, bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel, os manifestantes entoaram palavras de ordem em defesa de Bolsonaro. “Sem Bolsonaro nas eleições, golpe é do outro lado”, afirmavam.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o partido não trabalha com alternativas. “Não temos plano B. Nosso plano é Bolsonaro presidente”, declarou, sendo acompanhado por outros aliados, que o trataram como candidato natural do campo conservador.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também defendeu o ex-presidente. “Deixa o Bolsonaro ir para a urna, qual o problema? Ele é o nosso candidato”, disse, pedindo ainda que o Congresso paute a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro.
Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, adotou tom emocional em sua fala sobre a prisão domiciliar do marido. “Hoje, ele não pode falar. Ele gostaria muito de estar aqui ou até entrar em videochamada. As nossas liberdades estão cerceadas. Não vamos desistir. Em breve, isso tudo vai passar”, afirmou.
O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do ato, e o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) criticaram o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de perseguição política.
Inelegível após condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em prisão domiciliar, Bolsonaro não participou do evento, nem mesmo por vídeo. Aliados atribuíram a ausência a restrições judiciais.
Na próxima terça-feira (9), o STF retoma o julgamento que pode condenar o ex-presidente por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes, com penas que podem chegar a 43 anos de prisão.
